quinta-feira, 21 de março de 2013

Malásia

Já se vão longos 15 anos (na verdade não, em 1999 o gp malaio foi no fim da temporada) que a Malásia debutou no calendário da F1.

E foi um gp insólito aquele, com Eddie Irvine disputando o título, visto que Schumacher convalescia de uma perna quebrada em Silverstone e voltava justamente naquele fim de semana. Voltava para humilhar a pilotaiada, colocando quase 2s em todo mundo e fazendo o que queria na corrida. Pra completar, as Ferraris foram desclassificadas, depois classificadas de novo, uma confusão dos diabos. Mas isso fica pra outro dia.

Schumacher lidera em 1999

O que importa é que pra dar merda de novo nesse 15° gp malaio tá fácil. De novo marcaram o gp pro fim da tarde, bem no horário que despencam as monções. Em 2009 foi justamente o que aconteceu, a noite caiu e a corrida foi pro beleléu. Ano passado interromperam a corrida por causa da chuva. A probabilidade de tempestade desse ano é alta de novo.

Chuva desta quinta já mostrou o que promete o fim de semana

Depois não digam que não avisei.

domingo, 17 de março de 2013

Austrália

Ainda bem que não me atrevi a escrever sobre os primeiros treinos em terras austrais. Se o tivesse feito, apontaria a Red Bull como favoritíssima, imbatível, cravaria uma dobradinha e erraria tudo. Ou seja, tudo que eu vier a prever daqui pra frente vai ser furada.

A corrida foi chata, decidida na estratégia. Todas as ultrapassagens no pelotão da frente foram quando o da frente já estava com pneus gastos, prestes a parar, com estratégia diferente de quem o acossava. Ninguém conseguiu fazer uma ultrapassagem numa briga direta.

Quase todo mundo fez três paradas. Raikkonen fez duas, ganhou. E disse que foi uma das vitórias mais fáceis da carreira. Não parece ter sido muito difícil mesmo, controlou a corrida como quis. Vettel decepcionou um pouco em ritmo de corrida, assim como Webber, que ainda fez uma largada pífia.


A dupla da Ferrari foi bem, mas Alonso se deu melhor na estratégia e chegou na frente de Felipe que até então vinha ameaçando Vettel. Parece que os vermelhos vêm forte na briga esse ano e são a dupla mais completa.

Mercedes andou bem, mas não se entendeu com os pneus no final. Pneus que acabaram com a corrida de Sutil, que liderou e se debateu com os pneus macios no final. A Mclaren, ridícula que foi, não merece nem comentário.

Boa notícia: Red Bull não vai dominar tudo.

Má notícia: ninguém passou ninguém, a temporada promete corridas mais chatas.

quarta-feira, 13 de março de 2013

2012 retrô: ultrapassagens

Nada melhor que as melhores ultrapassagens do ano. Achei a lista justa e a primeira foi de prender a respiração mesmo!!

terça-feira, 12 de março de 2013

2012 retrô: pancadas

Quem disser que não gosta de um acidente, tá mentindo. Como ninguém se machucou, vamos curtir os acidentes da temporada passada enquanto faltam pouco mais de 48h pro primeiro carro na pista em 2013.


Vai começar de novo

É, mais uma temporada da Formula 1. E mais uma tentativa pra este blog, coitado. Ficou aí uns 2 anos abandonado, morto. Desfibrilador nele!!

A temporada 2013 promete, se não aumentar a competitividade, pelo menos manter a que tivemos nos últimos tempos. Sim, é verdade que Vettel é tricampeão e que a Red Bull tem dominado os últimos anos da categoria, mas tirante 2011 que o domínio foi absoluto, as temporadas foram bem disputadas, em especial a de 2012. E mesmo 2011 proporcionou boas corridas, que é o que importa.

A Mercedes parece ter dado um salto de qualidade com a chegada de Hamilton e a Ferrari também, com Massa se aproximando do bom piloto que já foi. A Lotus parece pelo menos manter o patamar de 2012 e a Mclaren, se não mostrou muita força, sempre se apresenta bem em algum momento. Red Bull dispensa comentários. Foi discreta nos testes, mas sempre vem forte.

Tudo isso que despejei aí em cima foi baseado nos testes. Que podem enganar qualquer especialista. Imagina eu que não entendo picas de nada...

Tomara que seja esta a realidade e a temporada anime o blog e seu escrivinhador.

domingo, 17 de julho de 2011

Empate???

Nunca vi algo assim. Empate em corrida, se não é inédito, é tão raro que nunca ouvi falar.

E foi o que aconteceu hoje na motovelocidade, 125cc em Sachsenring. Os pilotos? Hector Faubel e Johann Zarco. A imagem fala por si só...

Não tinha photo-finish? - AFP
A propósito: Faubel venceu por ter feito a volta mais rápida. Eita...

domingo, 30 de maio de 2010

Corrida - Turquia

E que corridão hoje, hein? Quando eu já estava resignado por assistir outra prova modorrenta, Vettel ficou alucinado do nada e fez o que fez. e isso animou os pilotos da Mclaren, Alonso e a turma do Kobaiashi, dela Rosa e companhia.

Na largada também houve ação, sejamos justos. Vettel roubou a posição de Hamilton não se fez de rogado e deu o troco ainda antes do fim da primeira volta. Schumacher também foi esperto e aproveitou-se da freada forte de Button para não bater no companheiro e passou o inglês. Que também deu o troco e recuperou a posição numa bela manobra, motor e duto de ar como aliados nela.

Aí sim a corrida ficou chata. Nos dez primeiros lugares, todo mundo na posição que largou. Hamilton dava um calor em Webber, mas não foi pra cima nenhuma vez, efetivamente. Aí vieram os pits e a corrida começou a mudar.

Primeiro parou Vettel. Depois Hamilton e Webber, juntos. Sem mudança dentro do pit lane, Hamilton se deu mal ao voltar pra pista, com Vettel à sua frente.

Não demorou muito pro inglês tentar se recuperar, mas Vettel se defendeu bem e as coisas sossegaram novamente. Até Vettel perceber chance de vitória, para destronar Webber de sua terceira vitória seguida.

O alemão entrou muito próximo do australiano na reta e não demorou a estar lado a lado. Webber tentou dar o lado de fora para Vettel, mas o jovenzinho foi esperto e achou espaço por dentro. Aí o australiano, velhaco que é, pensou consigo mesmo: "beleza, faz a curva por aí, quero ver você achar traçado". O alemãozinho tentou buscar espaço na marra e deu no que deu. Bateram na reta, Vettel abandonou de novo e Webber minimizou o prejuízo, alojando-se em terceiro, de bico novo.

Ah, McLaren fazendo dobradinha, vamos assim até o final, pensaram todos. Ledo engano. Button foi pra cima de Hamilton, com a calma, precisão e responsabilidade que lhe são características. Colocou por fora e, com calma, tomou a perna de dentro da curva seguinte. Hamilton, combativo que é, entrou na reta babando, com um traçado melhor e se jogou, com muito menos responsabilidade que Button e retomou a posição. Sorte que o atual campeão do mundo recolheu, sabedor que é que cada ponto é importante. Daí em diante, os ingleses sossegaram na dobradinha.

No fim da corrida, outra bela briga entre Alonso e Petrov, com o russo se defendendo bravamente. Um toque de corrida furou o pneu do piloto da Renault e Alonso chegou só uma posição atrás de Massa, que foi discretíssimo na corrida.

As Mercedes, com Schumacher à frente, fizeram 4° e 5°, à frente de um Kubica muito consistente, que pressionou Rosberg por diversas voltas, sem sucesso. A pontuação foi completada por um igualmente consistente Sutil e o ótimo Kobaiashi, dando o primeiro ponto pra Sauber no ano.

Christian Horner deve estar fulo da vida e Whitmarsh perdeu alguns fios de cabelo nas disputas. mas o público adorou essa liberdade interna nas equipes.

Nome da carroça

Vettel começou com a brincadeira de meter nomes em seus carros. De mulheres, sempre. E nomes picantes. No início foi um simples Kate, que não durou muito porque o alemão porrou o carro. O chassis seguinte foi batizado de "irmã safada da Kate", bem mais legal, diga-se de passagem.

Seguem-se a Randy Mandy, que vem a ser "Mandy fogosa" e a Luscious Liz, ou "Liz gostosa". E não é que o brasileiro Lucas di Grassi resolveu entrar na onde. Ciente das limitação de seu carro, uma carroça que se arrasta nas últimas posições, Lucas apelidou a bagaça (ou baranga, no caso) de Fat Veronica no twitter.

É, a Veronica é gorda mesmo...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Prévia - Bélgica

O GP da Bélgica é um dos mais tradicionais da história da Fórmula 1. É disputado desde 1950, faltando esporadicamente - apenas seis vezes - no campeonato. Já foi disputado em três pistas diferentes: Spa-Francorchamps, na maioria, Nivelles e Zolder.

Spa é a pista preferida pela maioria dos pilotos. Tem curvas desafiadoras, trechos de todos os tipos e é atualmente o mais longo do calendário, ultrapassando os 7km.

Vista aérea da pista belga
Dentre os vencedores, Michael Schumacher é o maior de todos. Seus primeiro triunfo foi lá, em 1992, na mesma pista onde estreara no ano anterior. Depois de 1991, foram mais cinco. Senna venceu cinco vezes, se aproveitando de sua habilidade na chuva. Emerson venceu o gp duas vezes, mas ambas em Nivelles.

Schumacher estréia na F1 pela Jordan, em 1991
Dos atuais pilotos, Raikkonen é o que se dá melhor na pista, vencendo três das últimas quatro edições. O curioso é que, dos pilotos em atividade, Kimi é o único a ter vencido em Spa. No ano passado, Massa - que não corre este ano - venceu, mas Kimi liderou toda a prova. Lewis foi quem terminou a prova em primeiro, depois da batida de Raikkonen, mas o inglês foi punido e Massa foi declarado vencedor.

Raikkonen aproveitando-se da rodada de Hamilton para assumir a ponta em 2009
Para este ano, as favoritas são as Red Bulls. Seus carros se adaptam melhor aos circuitos de alta velocidade pela aerodinâmica refinada de Adrian Newey. Porém a chuva normalmente é fator importantíssimo, o que pode embaralhar as coisas e colocar Brawn, McLaren e até Raikkonen na disputa.

domingo, 23 de agosto de 2009

Corrida - Europa

O que parecia mais uma esperança de Barrichello pela vitória, começou a tomar corpo com a divulgação que largaria quase 10 kg mais pesado que Hamilton e passou a se tornar realidade com a avaliação temerosa de Hamilton com relação ao ritmo que o brasileiro teria.

Na largada, a McLaren se valeu do KERS para despachar Barrichello, que manteve a terceira colocação. Raikkonen conseguiu pular para quarto, enquanto Button perdia algumas posições. Depois, ainda cairia para nono, ao ceder lugar para Webber, pois teria ultrapassado o australiano por fora da pista, ainda na primeira volta.

No primeiro trecho da prova, Hamilton aproveitou o menor peso para abrir distância de Barrichello e principalmente de seu companheiro Kovalainen. A diferença subiu até a casa dos 8s. Barrichello conseguiu uma aproximação do finlandês da McLaren no final do primeiro stint, o que lhe garantiu voltar entre as McLarens depois do primeiro pitstop do brasileiro, três voltas depois de Kovalainen.

As voltas rápidas de Barrichello antes da primeira parada foram importantes também para reduzir a distância para Hamilton. Quando os líderes se estabeleceram, Hamilton tinha menos de 4s de vantagem. Conseguira abrir vantagem até próximo de 5s, mas Barrichello conseguia conter o avanço do inglês. Foi quando Lewis começou a reclamar de seus pneus traseiros. O composto mais mole oferecia problemas de calibragem e Rubens, que poderia se aproveitar, começou a se queixar dos freios. Mesmo assim o brasileiro conseguia tirar a diferença gradualmente, até voltar ao patamar de 3,4s. Foi quando Lewis entrou nos boxes e a corrida definiu-se.

A McLaren cometeu um erro operacional e demorou para trazer o jogo de pneus que seriam colocados no carro. Com isso, Hamilton perdeu cerca de 4s, o que já seria suficiente para deixar Barrichello na ponta. Mas Rubens ainda conseguiu baixar o tempo da melhor volta da corrida por duas vezes antes de entrar nos pits, voltando com mais de 6s. de vantagem para o inglês.

Não foi só Hamilton que teve problemas nos boxes. Vettel teve que repetir sua primeira parada pois a bomba de reabastecimento falhou e, logo depois, abandonou com um problema de motor que pode custar uma punição no futuro. Webber perdia rendimento e se alojava em nono, para a felicidade de Button, apenas sétimo, mas no lucro.

No último stint, Barrichello apenas adminstrou a vantagem e rumou para sua décima vitória na F1 e a centésima dos pilotos brasileiros na história do certame. A emoção foi grande no pódio, como sempre nas vitórias do persistente brasileiro. Pódio que foi completado por Raikkonen, que conseguiu tomar a posição de Kovalainen, que ainda foi pressionado por Rosberg no final. Alonso, burocrático, foi o sexto, seguido por Button e Kubica.

Uma semana e teremos Spa. Pista boa para a Red Bull, mas a chuva sempre presente pode embaralhar as coisas.

sábado, 22 de agosto de 2009

Classificação - Europa

A julgar pelos resultados dos treinos livres, a classificação para o GP da Europa era uma incógnita.

A classificação começou com boa parte das atenções voltadas para o desempenho dos estreantes da temporada. Ao menos no Q1, o novato Romain Grosjean e o veterano Luca Badoer foram atentamente observados.

Grosjean ainda conseguiu ter mais alguns minutos de aparição, visto que conseguiu avançar ao Q2, fazendo uma primeira parte do treino razoável. Algo que não pode ser dito de Badoer, pífio em todas as suas voltas, sequer ameaçando o penúltimo colocado. Fechou a sessão a quase 1,5s do novato Alguersuari da Toro Rosso. Também ficaram no Q1, Fisichella, Nakajima e Trulli, ou seja, cinco equipes diferentes.

Também no Q2, cinco carros diferentes. Por apenas alguns milésimos, Heidfeld ficou com o 11° posto, seguido pelo ótimo desempenho de Sutil, Glock, Grosjean e Buemi. O franco-suiço da Renault fez um treino compatível com o desempenho que Piquet vinha tendo, o que não é ruim para uma estreia. Lá na frente, Barrichello fazia o melhor tempo do final de semana: 1min38s076.

No Q3, a pole parecia restrita à briga entre as McLarens e as Brawn. Mais especificamente Barrichello, porque Button não mostrou desempenho compatível com o brasileiro. Hamilton fez um ótimo tempo logo em sua primeira tentativa. Barrichello tentou batê-lo, fazendo apenas uma volta rápida e não conseguiu por pouco. Kovalainen ainda tentou e conseguiu colocar seu carro na primeira fila e, se não fosse um erro, teria feito a pole.

Amanhã, a vitória estará nas mãos da McLaren, pois com o KERS, devem manter a ponta na largada. Barrichello e Vettel tem lá suas chances, mas dependerão muito do quanto as McLaren conseguirão ser consistentes em ritmo de corrida.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Prévia - Europa

O GP da Europa foi uma maneira encontrada pela F1 na década de 80 para sediar duas corridas no território de um mesmo país. Dependendo da época, o gp é disputado num país,de acordo com os interesses comerciais da época.

O gp foi disputado em três países: Inglaterra, Alemanha e Espanha. Em terras britânicas, a etapa aconteceu duas vezes em Brands Hatch na década de 80 e uma vez em Donington Park, na célebre apresentação de Ayrton Senna, em 1993. Piquet ainda vencera em Brands Hatch em 1983, gp inaugural.

Senna supera Prost numa das maiores apresentações de um piloto na história
A corrida se tornou tradicional no circuito de Nurburgring durante o reinado de Schumacher, à partir da década de 90. E ele foi o piloto que capitalizou as vitórias, com cinco,em doze corridas disputadas na sua casa. Barrichello venceu também em solo alemão, em 2002.

Schumacher superando Alesi para vencer em 1995
Com a ascensão de Fernando Alonso, o gp se mudou para a Espanha no ano passado. Já havia sido disputado em Jerez de la Frontera em 1994 e 1997 e em Valência está sendo disputado em circuito de rua, tendo sido totalmente dominado por Felipe Massa em sua única edição, no ano passado.

Massa lidera Raikkonen em sua vitória dominante na pista velenciana, em 2009
Este ano, a corrida é uma incógnita. Com o crescimento da Mclaren e da Ferrari, o domínio da RBR nas últimas etapas e a queda da Brawn, que não pode ser descartada, pois,anda bem em circuito de rua, qualquer previsão é mero chute. Bom para a corrida, que apesar de ser disputada em um circuito travado, pode ter muitas variáveis, com mais de duas equipes brigando pela ponta.

Muitas mudanças

Depois da F1 passar quase dois anos sem substituir um piloto em meio a uma temporada, a mudanças vieram a granel nas duas últimas etapas. Por falta de desempenho, Sebastién Bourdais deu lugar ao jovem Jaime Alguersuari. Apesar de muito jovem e questionado por sua inexperiência com o monoposto da Toro Rosso, o piloto espanhol não decepcionou, sendo até consistente.

Na sequência, veio a demissão já esperada de Nelsinho Piquet. O próprio brasileiro anunciou que não correria mais pela Renault, mas o anúncio oficial demorou a vir pois o time francês estava mais preocupado com a suspensão que lhe fora imposta para o GP da Europa. Punição abrandada com uma multa, Romain Grosjean foi anunciado para a vaga do brasileiro.

A mudança de piloto mais importante foi a que ocorreu na Ferrari. O acidentado Massa daria lugar ao heptacampeão Michael Schumacher, num retorno que tomou todos os noticiários do mundo. Schumacher se esmerou nos treinos, mas percebeu que os problemas no pescoço decorrentes de uma queda de moto não eram tão simples. Com a desistência do alemão, Badoer assume sua grande chance na F1. Há quem aposte que Schumacher pilota em Monza, daqui três semana. Eu estou entre eles.

E hoje mais mudanças foram anunciadas, agora no regulamento para o mundial de 2010. Aumento no peso mínimo dos carros, com 620 kg, proibição do reabastecimento são duas importantes. Mas a mudança mais interessante está no treino de qualificação. Ele terá o mesmo formato, dividido em três partes, mantendo os dez que disputarão o Q3, ceifando oito pilotos em cada fase anterior. E no Q3, os carros andarão com o mínimo de combustível, devolvendo à F1 a sensação de que o pole é o piloto mais rápido em uma volta e não o piloto que largará mais leve devido à estratégia. As poles dos últimos anos não podem ser levada a sério nem pras estatísticas pois não refletem a realidade. Finalmente temos algo a agradecer a quem faz as regras.

sábado, 1 de agosto de 2009

Foto da semana

Ele está de volta

À bordo do modelo F2007, Schumacher faz o primeiro teste antes da volta às pistas para substituir Felipe Massa. Bem vindo, hepta!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

O grid mais recheado de títulos

Ivan Capelli chamou a atenção em seu blog para o fato de que a dupla formada por Raikkonen e Schumacher em Valência será formada por dois campeões, fato que não ocorria desde 1989, com Senna e Prost na McLaren e, na Ferrari, desde 1953, com Farina e Ascari.

Mas o mais interessante de tudo isto é que teremos o grid com mais títulos de pilotos na história. Somados os 7 de Schumacher, com o bi de Alonso e os títulos de Raikkonen e Hamilton, temos 11.

Mais um motivo para celebrarmos a volta de Michael Schumacher à F1.

Quarta-feira bombástica

Primeiro a má notícia da saída da BMW da F1. a montadora alemã se prestou ao papelão de abandonar o barco covardemente ao primeiro projeto errado, que não trouxe resultados. E o que é mais triste nisso tudo é que a Sauber sempre foi uma equipe interessante, que começava a ter uma história na categoria quando foi comprada pela BMW. É o que diz Flavio Gomes em seu blog: Max Mosley está certo, não pode-se confiar nas montadoras no envolvimento esportivo. Quisera eu estar errado sobre a saída de equipes neste ano. Só imaginei que fosse Toyota ou Renault, quiçá Toro Rosso. Nunca cogitei a BMW.

Primeiro carro da Sauber. História da equipe se esvai por interesses econômicos
Mas toda a má impressão deixada pela montadora bávara pela manhã foi desfeita pelo anúncio de Schumacher como substituto de Massa enquanto o brasileiro se recupera. É a volta às pistas do maior piloto de todos os tempos. No mínimo vai causar o frisson que já está acontecendo. No máximo, engata ótimos resultados, dá seus shows, arranca alguma vitória e aposenta de vez Kimi Raikkonen. Espetacular para o final de ano, independente do desempenho. É um ídolo dos grande voltando. Apesar de termos tido boas disputas nos últimos anos, ninguém pode se comparar a Schumacher no que diz respeito ao status que o alemão traz de volta para a categoria. Bom para os amantes da categoria matarem as saudades, ainda que por pouco tempo.

Schumacher volta para substituir seu companheiro em 2006
Schumacher deve ficar o mês inteiro enfurnado na sede da Ferrari, treinando no simulador da equipe, aprendendo sobre o carro e treinando fisicamente. Quem não deve estar gostando nada é sua esposa, que já tinha o marido em casa depois de muito insistir para que ele parasse com as corridas.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Corrida - Hungria

Um resultado surpreendente. E é até estranho considerar surpreendente uma McLaren vencendo, com uma Ferrari em segundo. Mas, em 2009, a vitória dominante de Hamilton pode até ser considerada uma zebra.

Na largada, somente Alonso não foi incomodado pelo KERS - foto: F1 Live
E a vitória começou logo na largada. Alonso, muito leve largou bem e sequer foi ameaçado, enquanto os carros com KERS - Hamilton, Raikkonen e Kovalainen - largaram bem, com o inglês pulando pra terceiro, quase conseguindo passar Webber e Raikkonen se alojando em quinto. Vettel, com uma péssima largada, caiu da primeira fila para o sétimo lugar.

Alonso perde roda após pit-stop, o que custou mais que sua corrida - foto: F1 Live
Alonso conseguia abrir uma boa diferença, auxiliado pela pressão que Webber sofria de Hamilton. Quando o inglês conseguiu a ultrapassagem sobre o australiano, Alonso já perdia rendimento e, ao fazer seu primeiro pit-stop, já era nítido que o espanhol não conseguiria lutar contra o ritmo do atual campeão. E nesse pit-stop a corrida de Alonso acabou. Uma porca solta na roda dianteira direita fez com que a mesma se soltasse, Alonso tivesse de voltar aos pits e logo depois abandonasse. A Renault foi punida com uma corrida de suspensão pelo acidente potencialmente perigoso, mas já entrou com recurso.

Hamilton faz linda ultrapassagem sobre Webber - foto: F1 Live
Nesse momento, Hamilton já abria uma boa diferença para Webber, a quem ultrapassara voltas antes numa linda manobra. O australiano ainda tinha uma pequena vantagem para Raikkonen. Mas a vantagem não foi suficiente para manter a posição no pit-stop simultâneo de ambos. A Red Bull cometeu um erro e Raikkonen acabou voltando à frente de Webber.

Hamilton parou logo depois e conseguiu uma vantagem muito grande nas voltas subsequentes. Vettel, que reclamava desde as primeiras voltas de seu spoiler dianteiro, começou a sofrer problemas em sequência e abandonou logo em seguida. Boa notícia para Button, que, em oitavo, pouco aparecia na prova. Era pressionado por Nakajima e Piquet, inclusive.

Quem fazia ótima prova era a dupla da Toyota. Os dois pilotos da equipe japonesa largaram em 12° e 14° e fizeram um primeiro stint muito longo, se aproveitando das paradas dos rivais para se alojarem nos pontos, definitivamente. Outro que vinha fazendo prova discreta, mas muito consistente era Roberg. O alemão esteve sempre entre os cinco primeiros e terminou em quarto.

Kovalainen foi o quinto na prova, seguido por Timo Glock e Jenson Button. Trulli foi o último a pontuar, muito pressionado por Nakajima e Barrichello no final.

Pódio incomum em 2009, com McLaren e Ferrari - foto: F1 Live
Numa corrida em que a Brawn prometia bater a Red Bull, o abandono de Vettel e Webber conseguindo apenas o 3° acabou sendo um alívio para Button. O inglês já deixa de ser o favorito ao título pela desvantagem técnica que a Red Bull apresenta no momento.

sábado, 25 de julho de 2009

Classificação - Hungria

A pole de Fernando Alonso, quase dois anos depois de sua última, ficou em segundo plano devido ao gravíssimo acidente de Felipe Massa no Q2 da classificação húngara.

Os três primeiros de um treino complicadíssimo - foto: F1 Live
No Q1, as disputas já foram intensas pois muitos pilotos andaram de pneus duros no começo e, com a melhora dramática dos tempos com pneus macios, houve grande modificação das posições no final da primeira parte. Rosberg foi quem cravou a melhor volta, com destaque para a boa volta de Piquet, que pulou de uma eliminação nos últimos segundos para um quinto posto. Eliminadas foram as duas BMWs, os carros da Force India e o estreante Alguersuari, que estreará largando em último.

Alonso leva a Renault novamente ao primeiro lugar no grid - foto: F1 Live
O Q2 transcorria normalmente até os últimos segundos e os pilotos vinham mudando de posição freneticamente. Alonso chegou a ser primeiro e terminou em nono, enquanto Nelsinho foi eliminado com o 15° lugar. Buemi foi eliminado nos últimos segundos, ficando em 11°, seguido por Trulli, Barrichello e Glock. E foi naqueles últimos segundos do Q2 que aconteceu o acidente de Massa.

Carro de Massa é recolhido após o grave acidente - foto: F1 Live
O brasileiro vinha para contornar a curva mais rápida do circuito magiar, quando foi alvejado por uma mola que se soltara do carro de Barrichello. A peça bateu no capacete, milímetros acima da viseira. O brasileiro perdeu a consciência, atravessou a grama na entrada da curva e bateu de frente na barreira de pneus, já bem mais lentamente. A apreensão foi grande durante os momentos sem informações e Felipe foi removido de helicóptero para um hospital. Barrichello, que esteve no centro médico do autódromo, veio até a imprensa e disse que Massa estava consciente, com um corte na testa e muito agitado. Ou seja, foi um pouco mais que um susto.

Massa é levado ao hospital para ser operado, sem gravidade - foto: F1 Live
Na última parte da sessão, a que definiria a pole, houveram muitas panes na cronometragem. Rosberg era o pole depois das primeiras tentativas dos pilotos, que continuavam fechando voltas, sem qualquer informação por parte dos tempos de volta, tampouco das posições. Os pilotos pararam seus carros no parque fechado e ainda assim nenhuma informação existia. Ninguém sabia quem era o pole, até que, já na pesagem, apareceu Bernie Ecclestone e apostou Alonso com o pole, Vettel em 2° e Webber em 3°. Uma classificação das mais confusas da história, com um acidente grave, falta de informações e resultados.

Pilotos tentam descobrir quem é o pole com a pane da cronometragem - foto: F1 Live
Na sequência dos três primeiros veio Hamilton, confirmando o bom momento da McLaren, Rosberg, Kovalainen, Raikkonen, Button, que deve estar preocupadíssimo com o campeonato e Nakajima. Massa, que estava habilitado a participar do Q3, não corre amanhã.

A corrida está nas mãos da RBR, que deve fazer dobradinha, visto que Alonso deve estar muito leve. Mas como o fim de semana está bizarro, não duvido que alguma surpresa possa acontecer. É a torcida de Button.

Duas em dois fins de semana??

Semana passada foi o garoto Henry Surtees quem teve a falta de sorte de sofrer um acidente na F2 numa fatalidade que é uma das poucas que os pilotos estão expostos hoje em dia. Um pneu se soltou de um carro que havia batido e foi direto em seu capacete, matando-o.

Surtees, de 18 anos, perde a vida ao ser atingido por pneu em Brands Hatch


A fatalidade é tão grande que o último acidente deste tipo que consigo me lembrar foi quando Cristiano da Matta atropelou um cervo em 2006 na pista de Road America e ficou em coma por muitos dias.

Neste fim de semana foi a vez de Felipe Massa sofrer um acidente parecido, exatamente uma semana depois da morte do jovem Surtees. Uma peça que se soltou de algum carro, provavelmente de Rubens Barrichello, bateu com força no capacete de Felipe, fazendo com que o brasileiro apagasse imediatamente e batesse, ainda que de forma leve, na barreira de pneus. A peça parece ter um peso razoável e a cabeça de Massa chega a sumir da imagem da câmera onboard com o impacto.

A telemetria mostra que Felipe, desacordado, acelera e freia até bater


A foto mostra o estado do capacete de Massa e um corte em seu rosto. Se a peça tivesse batido na viseira, alguns milímetros abaixo, o acidente seria fatal, com certeza.

Imagem forte mostra que a peça esteve a milímetros de entrar pela viseira
Resta agora buscar formas de aumentar a segurança, analisando tanto peças que podem vir a se soltar dos carros, como meios de proteger a cabeça dos pilotos quanto a este tipo de impacto.

Terceiro treino livre - Hungria

E pouco mudou no último treino livre para o GP da Hungria deste domingo. Novamente houve domínio por parte da McLaren, com Hamilton desta vez conseguindo impor quase quatro décimos sobre Heidfeld, que conseguiu uma boa segunda posição para a BMW.

Hamilton amplia o domínio da McLaren na Hungria - foto: F1 Live
O treino começou movimentado, com as Toyotas logo indo para a pista, seguidas por Rosberg e Alguersuari, precisando ganhar quilometragem. E foi Rosberg quem conseguiu se alojar na liderança por algum tempo.

Barrichello não conseguiu colocar a Brawn entre os dez primeiros - foto: F1 Live
Mas a liderança foi logo tomada pela dupla da Mclaren. Primeiro foi Kovalainen quem assumiu o primeiro posto, depois foi Hamilton, quando o treino se aproximava de sua metade. Alonso e Massa ainda conseguiram bater o tempo do inglês, que não parecia disposto a ceder o primeiro lugar, voltando prontamente à pista e garantindo o melhor tempo da manhã de sábado.

Rosberg já tinha assumido o segundo lugar, mas tinha uma desvantagem de meio segundo para Lewis. E foi aí que Heidfeld surpreendeu, fazendo o segundo melhor tempo. Kovalainen confirmou o rendimento da McLaren com o quarto posto e em quinto ficou Buemi, com a Toro Rosso renovada.

Nelsinho dá uma escapada. Situação do brasileiro é complicada - foto: F1 Live
De quinto a décimo, ficaram Glock, Massa, Nakajima, Webber e Vettel. As Brawns pouco apareceram, com Barrichello e Button em 13° e 17°, respectivamente. Nelsinho faz um mau final de semana, que parece ser o de sua despedida: foi o 14°.